Sousa, Cajazeiras e mais 39 municípios participam de reunião para discussão e alinhamento sobre doenças crônicas

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O encontro foi realizado nesta quarta-feira (27), no auditório da Escola de Saúde Pública da Paraíba (ESP-PB), em João Pessoa, dentro da programação do mês de março – de conscientização contra a tuberculose

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) como hepatites, sífilis, HIV e HTLV, além de hanseníase e tuberculose, consideradas crônicas (podem perdurar por toda vida), foram discutidas durante a reunião anual da Secretaria de Estado da Saúde (SES) com os coordenadores de Vigilância Epidemiológica e da Atenção Primária à Saúde dos 41 municípios prioritários para discussão e alinhamento sobre esses agravos e apoiadores das Gerências Regionais de Saúde; Centro de Testagem e Aconselhamento/SAE e ONGs. O encontro foi realizado nesta quarta-feira (27), no auditório da Escola de Saúde Pública da Paraíba (ESP-PB), em João Pessoa, dentro da programação do mês de março – de conscientização contra a tuberculose.

Ainda participaram representantes do SAE/CTA – Centro de Testagem e Aconselhamento e Serviço de Assistência Especializada em HIV/AIDS e Organizações Não Governamentais – ONGs.

De acordo com a gerente operacional de Condições Crônicas e ISTs da SES, Ivoneide Lucena,  nesse primeiro encontro de 2024, o objetivo é fazer um alinhamento para fortalecer e potencializar em 2024 em relação à tuberculose e ISTs. “Como o evento é no mês alusivo à tuberculose, destacamos que, apesar de ter cura e o tratamento ser gratuito, infelizmente, ainda há muitos casos sem tratamento. E, quando se trata de tuberculose e HIV na mesma pessoa, é um “casamento” que não dá certo e leva a óbito. O que queremos é que estes profissionais voltem para os seus territórios e construam ações e estratégias para fortalecer essa linha de cuidado”, disse.

A presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde da Paraíba (Cosems-PB), Soraya Galdino, parabenizou a SES pela iniciativa de abordar um tema tão necessário. “No meu município tem um paciente com tuberculose que está bem difícil realizar o tratamento. Como é morador de rua, fica perambulando. Já reiniciamos o tratamento três vezes. Iremos convocar o Ministério Público, a Ação Social e a Educação porque toda gestão tem que estar junta nessa luta. Precisamos melhorar muito e nós que fazemos o SUS, somos resilientes e temos força para isso”, comentou.

O arte-educador Beto Alves, da ONG Cordel Vida, parceira da Saúde no trabalho de prevenção contra os agravos crônicos, explica que a Organização tem o papel de facilitar o acesso dos profissionais da SES nas comunidades mais vulneráveis. Com o objetivo de fazer que essas informações cheguem de forma mais rápida e leve, ele até criou uma personagem drag Queen chamada “Betty Biá”, que fala para uma população específica LGBTQIAPN+ (Lésbicas, Gays, Bi, Trans, Queer/Questionando, Intersexo, Assexuais/Arromânticas/Agênero, Pan/Pôli, Não-binárias e mais).

“É uma população extremamente vulnerável porque os lugares onde frequentam – cinemas, saunas, boates – têm muita aglomeração, com risco de circulação de vírus, onde os agravos podem estar presentes. Por isso, estamos sempre promovendo atividades junto a esse público fazendo alerta para que se cuidem e procurem ajuda médica se algo acontecer”, pontuou.

Os 41 municípios prioritários são Alhandra, Bayeux, Caaporã, Cabedelo, Conde, Cruz do Espirito Santo, Jacaraú, João Pessoa, Mamanguape, Mari, Pitimbu, Rio Tinto, Santa Rita, Sapé, Guarabira, Alagoa Grande, Areia, Boqueirão, Campina Grande, Esperança, Juazeirinho, Montadas, Cuité, Monteiro, Serra Branca, Patos, Conceição, Piancó, Catolé do Rocha, São Bento, Cajazeiras, Pombal, Sousa, Água Branca, Princesa Isabel, Caldas Brandão, Gurinhém, Ingá, Itabaiana, Juripiranga e Pedras de Fogo

A tuberculose – Doença infecciosa causada pelo bacilo de Koch, de fácil transmissão, sendo a forma pulmonar a principal responsável pela manutenção da cadeia de transmissão. No entanto, a forma extrapulmonar ocorre mais frequentemente em pessoas que vivem com HIV, especialmente aquelas com comprometimento imunológico.

É considerada como problema de saúde pública no Brasil. Na Paraíba, quando avaliada a curva de incidência, pode-se constatar um crescimento no registro de casos novos, sendo no ano de 2022, 1.385 novos registros e no ano passado 1.531 novos casos.

Atualmente, sete serviços realizam a cultura para tuberculose: LACEN-PB: Hospital Universitário Lauro Wanderlei: Complexo Hospitalar Complexo Clementino Fraga: Policlínica Mandacaru; Centro de Referência em Tuberculose e Hanseníase de Campina Grande e LACEN Sertão, em Patos.    

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