Auditores resgatam 33 trabalhadores em situação análoga à escravidão em obras na Paraíba

Crédito da Imagem:

As vítimas terão direito a três parcelas do seguro-desemprego especial e foram encaminhadas aos serviços de assistência social dos municípios para acompanhamento

Na Paraíba, 46.560 pessoas têm autismo, segundo dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A quantidade equivale a 1,2% da população do estado.

- PUBLICIDADE -

De acordo com a pesquisa do IBGE, do total, 28.865 das pessoas com autismo são homens e 17.695 são mulheres, sendo a maior parte diagnosticada adolescentes e crianças dos cinco aos nove anos.

Trinta e três trabalhadores foram resgatados em condições análogas à escravidão durante fiscalizações em obras da construção civil nas cidades de Cabedelo e João Pessoa, na Paraíba. As ações aconteceram entre a terça-feira (20) e esta quarta-feira (28) e foram conduzidas por auditores-fiscais do trabalho ligados ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Sete estabelecimentos foram fiscalizados no total. Em três deles, os auditores constataram irregularidades nas condições de alojamento e segurança. Segundo o MTE, os trabalhadores estavam vivendo dentro das construções, em meio a materiais de obra, sem acesso a condições mínimas de higiene, privacidade ou segurança.

Em uma das fiscalizações, 12 trabalhadores dormiam em um cômodo de alvenaria sem acabamento, com fiação exposta e colchões desgastados. O local era compartilhado com ferramentas e baldes de tinta.

Já em outra obra, 17 pessoas ocupavam um espaço ainda em construção, com paredes de tijolos e painéis de madeira. Alguns precisavam dormir do lado de fora por causa de alagamentos. Ainda nesse endereço, outros quatro trabalhadores estavam em um cômodo pequeno, sem ventilação e sem espaço para circulação.

Três obras foram interditadas por apresentarem condições de risco grave e iminente para os trabalhadores. Além do resgate, a fiscalização identificou 17 pessoas sem registro em carteira de trabalho. No total, 99 trabalhadores foram alcançados durante a operação, que contou com o apoio do Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Federal e Polícia Federal.

A coordenadora da operação, auditora-fiscal Gislene Stacholski, informou que os responsáveis foram notificados a regularizar os contratos, pagar as verbas rescisórias e recolher os encargos sociais. Segundo ela, já foram pagos R$ 160 mil em verbas rescisórias aos trabalhadores resgatados.

As vítimas terão direito a três parcelas do seguro-desemprego especial e foram encaminhadas aos serviços de assistência social dos municípios para acompanhamento.

QR Code

Comentários

Aviso Legal:Qualquer texto publicado na internet através doNotícia Já, não reflete a opinião deste site ou de seus autores e é de responsabilidade dos leitores que publicam.