Cineasta sertanejo, Bruno Nogueira, se destaca no audiovisual, na literatura e na causa ambiental

Bruno Nogueira em Mostra do CCBNB
Bruno Nogueira em Mostra do CCBNB
Crédito da Imagem: Notícia Já | Afonso Webe

Sua jornada no cinema começou em 2021, a partir da oficina Viação Paraíba, idealizada pelo cineasta Torquato Joel

Natural de São José da Lagoa Tapada, no Sertão da Paraíba, o cineasta, roteirista, diretor e poeta Bruno Nogueira vem se consolidando como uma das vozes mais expressivas da nova geração do audiovisual paraibano. Sua trajetória é marcada pelo compromisso com a cultura regional, a inclusão social e a defesa do meio ambiente — pilares que atravessam sua produção artística e sua atuação como agente cultural. Bruno também desenvolveu um trabalho musical em parceria com a cantora e compositora Grazi Vilanueva e com Emiliano Pordes, intitulado Nas Margens do Rio Trapiá.

A jornada de Bruno no cinema teve início em 2021, na oficina Viação Paraíba, idealizada pelo cineasta Torquato Joel. No ano seguinte, participou da oficina Fazendo Filmes Curtíssimos, em Nazarezinho, onde dirigiu o curta Milagres. Em 2023, lançou seu primeiro filme autoral, o documentário Labuta, no qual assina roteiro e direção. O filme obteve reconhecimento nacional, circulando por diversos festivais e conquistando o prêmio de Melhor Filme na Mostra Nordeste, em Pernambuco.

Bruno também atuou como assistente de direção no curta Jacu, de Ramon Batista, e dirigiu Noite Feliz (2024), documentário exibido em diversas mostras. Ainda em 2024, colaborou como produtor e técnico de som no filme Tempo de Vaqueiro e integrou a equipe dos longas Trapiá, de Bertrand Lira, e Moagem, de Ramon Batista, ambos em fase de finalização. Trabalhou ainda como assistente de direção no documentário Versos Sem Fronteiras, do diretor Sérgio Silveira, e também participou do longa Anjo Pagão, de Diego Benevides.

Na música, assinou a direção dos videoclipes Reggae do Alvorecer, da banda Hamurabii, e Vamos Todos Preservar, composição de sua autoria em parceria com sua esposa, Maria Sá, abordando a temática ambiental.

Além do cinema, Bruno também é poeta e tem se dedicado à literatura inclusiva. É autor dos livros Buscando as Letras (2017) e O Tempo Descreve e a Poesia Refaz (2020), escritos em Braille em colaboração com sua esposa, que é pedagoga. Juntos, o casal desenvolve ações voltadas à acessibilidade para pessoas com deficiência visual.

Ativista ambiental, Bruno realiza iniciativas de educação ecológica, como o plantio de árvores e a criação de cordéis que exaltam a biodiversidade da Serra Santa Catarina — área de mata nativa localizada entre os municípios de São José da Lagoa Tapada, Nazarezinho, Carrapateira e Aguiar.

O cineasta também atuou como produtor cultural na VII edição do Cine Sítio, mostra itinerante de cinema realizada em zonas rurais do Sertão. Reunindo cinema, literatura, música e militância, Bruno Nogueira desponta como uma das figuras mais promissoras da cultura contemporânea sertaneja, conectando tradição, arte e compromisso social.

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