Ministro Marcelo Queiroga é vaiado em Aracaju e xinga plateia: “covardes”

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"Vocês só sabem fazer bagunça. São covardes. Não temos medo. Nós não temos medo. Podem ficar vaiando", disse o ministro do palco

Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, foi alvo de vaias nesta quinta-feira (3) durante evento em Aracaju (SE). No discurso de abertura do 8º Congresso Norte-Nordeste de Secretarias Municipais de Saúde, realizado na capital sergipana, ele defendia a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), quando passou a ser vaiado pela plateia. Em resposta, o ministro disse que os profissionais ‘só sabiam fazer bagunça’.

"Vocês só sabem fazer bagunça. São covardes. Não temos medo. Nós não temos medo. Podem ficar vaiando", disse o ministro do palco.

Na fala, o gestor da pasta de Saúde criticou o Consórcio Nordeste, iniciativa dos governos do Nordeste para elaborar estratégias de enfrentamento à pandemia da Covid-19. Ele afirmou que o Governo Federal enviou recursos para a compra de equipamentos voltados ao tratamento da Covid-19 nos municípios, mas que as prefeituras teriam decidido não adquirir os respiradores.

“Disseram que iam comprar respirador. Não compraram nenhum. Zero. É assim que vocês querem unir o Brasil? Vocês vão ter a resposta em breve”, declarou.

Queiroga ainda mencionou a Venezuela dizendo que aqueles que o vaiaram deveriam conhecer o Projeto Acolhida em Roraima, voltado a receber imigrantes do país latino-americano. O país costuma ser alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo informações do portal Metrópoles, o ministro deixou o palco acompanhado de seguranças e acenou de maneira irônica para o público. Durante as vaias, parte da plateia deixou o evento, que terminou mais cedo devido ao clima de animosidade.

Sergipe foi um dos 13 estados em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições. Lá, o atual mandatário obteve 32,8% dos votos válidos, contra 67,2% do presidente eleito.

Marcelo Queiroga foi o último ministro da Saúde da gestão Bolsonaro, que já teve o cargo ocupado por Luiz Henrique Mandetta (União Brasil), Nelson Teich e Eduardo Pazuello (PL, deputado federal eleito).

Mandetta e Teich deixaram o governo após discordarem da postura negacionista do presidente no enfrentamento da pandemia.

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