O resultado representa um crescimento de 6,9% em relação a 2022 e é o maior já registrado desde o início da série histórica, em 1986. O estado superou com folga o Rio Grande do Norte, segundo maior produtor, com 637 toneladas, seguido por Minas Gerais (357 t), Sergipe (350 t) e Bahia (196 t)
A Paraíba consolidou-se como o maior produtor de mangaba do Brasil em 2023, alcançando a marca histórica de 955 toneladas, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (26), por meio da Pesquisa da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS). O resultado representa um crescimento de 6,9% em relação a 2022 e é o maior já registrado desde o início da série histórica, em 1986. O estado superou com folga o Rio Grande do Norte, segundo maior produtor, com 637 toneladas, seguido por Minas Gerais (357 t), Sergipe (350 t) e Bahia (196 t).
Esse desempenho reflete o protagonismo da Paraíba no extrativismo vegetal, com o estado registrando um aumento impressionante de 926,9% na produção de mangaba ao longo da última década. A extração do fruto tem crescido de forma contínua desde 2015, consolidando a Paraíba como referência nacional.
Outro destaque paraibano no extrativismo é o umbu, com uma produção de 2.143 toneladas em 2023, um salto de 14,6% em relação ao ano anterior e de expressivos 2.612,7% nos últimos dez anos. A Paraíba ocupa a terceira posição no país na extração do umbu, atrás apenas da Bahia e de Minas Gerais, mas com perspectivas positivas diante do crescimento contínuo pelo segundo ano consecutivo.
Além disso, a Paraíba mantém sua posição de destaque na produção de castanha de caju, sendo o terceiro maior produtor do Brasil, com 327 toneladas em 2023. Apesar de ter registrado uma queda de 16,6% em comparação com 2022, o estado apresentou um crescimento acumulado de 73,9% na última década, evidenciando o potencial da região.
O relatório do IBGE também mostrou que a extração de lenha na Paraíba cresceu pelo segundo ano seguido, com uma produção de 702,8 mil metros cúbicos em 2023, um aumento de 10,8% em relação ao ano anterior. Desde 2014, a produção de lenha no estado cresceu 45,2%, reforçando a importância desse recurso no contexto econômico local.
No entanto, o valor total da produção da extração vegetal na Paraíba foi de R$ 28,1 milhões, o que coloca o estado em uma posição menos favorável no ranking nacional, ocupando o oitavo menor valor entre as unidades da federação e o terceiro menor entre os estados nordestinos.
Desafios na silvicultura
Por outro lado, a silvicultura, que engloba o cultivo de florestas para fins de produção de lenha, carvão e madeira, apresentou resultados menos positivos em 2023. O valor da produção caiu 38,9%, passando de R$ 422 mil em 2022 para R$ 258 mil. A área total destinada à silvicultura no estado permaneceu em 2,7 mil hectares, a terceira menor do Brasil.
A produção de lenha na silvicultura também sofreu uma queda significativa, com uma redução de 45% em 2023, atingindo 739 metros cúbicos, em comparação com os 1.344 metros cúbicos do ano anterior. Da mesma forma, a produção de madeira em tora caiu 46,2%, totalizando 3.362 metros cúbicos.
Apesar dos desafios enfrentados na silvicultura, a Paraíba continua a se destacar no cenário nacional pelo desempenho no extrativismo vegetal, reforçando sua importância no setor agrícola e contribuindo significativamente para a produção de frutos nativos do país.