Vírus da gripe aviária está mais rápido e pode afetar até os pets

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A propagação do vírus segue as rotas naturais das aves migratórias, conectando ecossistemas do Canadá até a Terra do Fogo

O Brasil registrou nesta semana o 1º foco de gripe aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja de matrizes localizadas no Rio Grande do Sul. O caso acende um alerta para todas as regiões brasileiras e ainda, para os países da América do Sul, vizinhos ao Rio Grande do Sul, como a Argentina, cuja fronteira está distante 620 quilômetros da granja afetada.

Neste sábado (17), a Organização das Nações Unidas para a alimentação (FAO/ONU) alerta que o caso no Brasil marca uma nova etapa do vírus, que vem adquirindo mais rapidez e potencialidade de mutações, ficando mais transmissível entre animais e até seres humanos.

Desde 2022, mais de 4,7 mil surtos de gripe aviária altamente patogênica foram notificados na América Latina e no Caribe, afetando aves de criação, aves migratórias, mamíferos marinhos e até animais de estimação, informou o órgão. A propagação do vírus segue as rotas naturais das aves migratórias, conectando ecossistemas do Canadá até a Terra do Fogo.

O representante da FAO no Brasil, Jorge Meza, ressaltou, em comunicado, que o consumo de carne de ave e ovos continua sendo seguro, especialmente quando bem cozidos, e que o risco de infecção humana permanece baixo.

“Os avanços recentes da gripe aviária reforçam a urgência de fortalecer os sistemas nacionais de vigilância, biossegurança e resposta rápida, com atenção especial aos pequenos e médios produtores”, disse Meza. “É importante adotar a abordagem de ‘Uma só saúde’, que considera de forma integrada as interações entre animais, seres humanos e o meio ambiente, o que pode ajudar a conter a propagação do vírus.”

Segundo o comunicado da FAO, em 2023 e 2024, foram realizadas medidas de contenção em mais de 440 casos de surtos de doenças transfronteiriças, incluindo a IAAP, em mais de 50 países. Nos últimos meses, Argentina, Colômbia, México, Panamá, Peru e Porto Rico anunciaram casos de IAAP, informou a entidade.

“É fundamental um trabalho coordenado entre todos os países da região para conter a propagação do surto ao longo do continente. Somente por meio de uma ação conjunta e contínua será possível proteger a saúde animal, salvaguardar a saúde pública e fortalecer a resiliência dos sistemas agroalimentares”, informou a FAO em comunicado.

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