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Filha de mãe gari e pai vigia, estudante do sertão da PB supera obstáculos e conquista aprovação em Medicina na UFPB
Aprovada para o Curso de Medicina na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Angélica enfrentou adversidades e superou desafios em sua jornada acadêmica
A história inspiradora de Angélica Lais Oton do Nascimento, uma jovem de 20 anos, reflete a perseverança e determinação de muitos jovens brasileiros em busca de seus sonhos. Aprovada para o Curso de Medicina na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Angélica enfrentou adversidades e superou desafios em sua jornada acadêmica.
Filha de uma mãe gari e de um pai vigia, Angélica viu nas dificuldades enfrentadas por sua família uma fonte de inspiração para alcançar seus objetivos. Consciente das limitações financeiras, a jovem concentrou seus esforços em ingressar em uma faculdade federal, vislumbrando uma oportunidade única.
O caminho não foi fácil desde o início, mas a determinação de Angélica a impulsionou a dedicar dias e noites aos estudos. Com o sonho de cursar Medicina, ela superou os desafios e barreiras, sem recursos para frequentar um cursinho preparatório, estudando em casa com livros doados.
Seus pais, João Salviano do Nascimento e Maria do Rosário Oton, expressam orgulho pela conquista da filha. Mesmo cientes dos longos anos de estudo pela frente, entendem que o sacrifício e a dor do percurso são a força motriz para o sucesso de Angélica.
Maria do Rosário, a mãe, destaca os últimos dois anos em que Angélica estudou sozinha, enfrentando obstáculos, mas mantendo a determinação.
“Nos últimos dois anos ela estudou sozinha em casa, com livros doados, sem cursinho. Mesmo tendo que enfrentar vários obstáculos, Angélica nunca desaninou e estudava, estudava (…) Ela sempre me dizia que iria conseguir se formar em medicina para mudar a história da nossa família”, disse a mãe, durante contato com a reportagem do Vale do Piancó Notícias.
O pai, João Salviano, compartilha a humildade da família e a limitação financeira, mas ressalta a força de vontade da filha.
“Angélica teve uma vida de privações, uma vida humilde”, conta o pai João Salviano. “Quantas vezes eu não disse ‘não’ para as coisas que ela queria, embora meu desejo fosse sempre dizer sim? Mas, nosso ganho sempre foi limitado. E mesmo querendo, eu não conseguia dar o que ela queria”, explica o pai.
Vale do Piancó Notícias