Polícia Civil prende na Paraíba investigado por invadir sistemas do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul

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A investigação é da Polícia Civil gaúcha, que identificou o cibercriminoso residente na cidade de Guarabira (PB)

As polícias civis da Paraíba e do Rio Grande do Sul prenderam nesta terça-feira, 21 de julho, um homem investigado por ter invadido sistemas do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. A investigação é da Polícia Civil gaúcha, que identificou o cibercriminoso residente na cidade de Guarabira (PB).

Denominada Operação Negazione, a investigação teve início em março deste ano, após o Tribunal de Justiça daquele estado noticiar um ataque cibernético de negação de serviço (DDoS) ocorrido no dia 26 de março. O ataque tornou indisponível o sistema EPROC e o site institucional do órgão, comprometendo a prestação jurisdicional no Estado.

Após diligências conduzidas pela Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Cibernéticos – DPRCC/DERCC, foi identificado um canal na deep web, operado por cibercriminoso que se autodenomina “FEDERAL”, responsável por organizar e transmitir ao vivo o ataque, inclusive oferecendo pagamentos via PIX para participação em ações coordenadas contra servidores públicos e sistemas governamentais. A análise técnica dos dados revelou o uso de uma botnet com mais de dois mil dispositivos comprometidos, espalhados por diversos países.

Com base nas evidências reunidas no curso da investigação, a Autoridade Policial representou judicialmente pela decretação da prisão preventiva do investigado, além da expedição de mandados de busca e apreensão em endereços situados no Estados da Paraíba. As ordens judiciais foram deferidas pela Vara Regional de Garantias de Porto Alegre e cumpridas com o apoio operacional da Polícia Civil da Paraíba, demonstrando a importância da atuação integrada no enfrentamento aos crimes cibernéticos de repercussão interestadual.

O objetivo das buscas é apreender dispositivos eletrônicos, mídias de armazenamento e documentos que subsidiarão a continuidade das investigações, especialmente quanto à identificação de demais integrantes do grupo e suas conexões com crimes similares ocorridos em outras unidades da Federação.

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