Filme 'Moagem', do cineasta Ramon Batista, de Nazarezinho, está no maior mercado audiovisual do mundo, o Marché du Film, em Cannes

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O evento reúne profissionais do setor de todas as partes do mundo, sendo considerado uma verdadeira “Babel” de oportunidades para o cinema independente e autoral

O documentário Moagem, do cineasta paraibano Ramon Batista, natural do município de Nazarezinho, no sertão da Paraíba, é uma das obras brasileiras que estará do Marché du Film, o maior mercado audiovisual do mundo, realizado paralelamente ao Festival de Cinema de Cannes, na França. O evento reúne profissionais do setor de todas as partes do mundo, sendo considerado uma verdadeira “Babel” de oportunidades para o cinema independente e autoral.

Em 2025, o Brasil será o país homenageado, o que reforça ainda mais a importância da presença de produções como Moagem, que representam a diversidade das narrativas e tradições culturais brasileiras. Uma comitiva com centenas de profissionais brasileiros irá compor a delegação oficial do país no evento.

Em contato com nossa reportagem, Ramon Batista expressou sua alegria com a repercussão do projeto:

“Estou bastante feliz por ver meu trabalho chegando ao conhecimento internacional. Levar a cultura do sertão da Paraíba para um espaço como o Marché du Film é algo que me emociona e me impulsiona a seguir contando nossas histórias.”

O diretor revelou que, após 13 anos de dedicação, o longa-metragem está finalmente concluído e será apresentado também em diversos festivais de cinema por todo o Brasil.

Moagem documenta o ciclo completo da moagem da cana-de-açúcar, desde o corte até a produção artesanal da rapadura, registrando com riqueza de detalhes uma tradição fundamental da cultura rural brasileira. O filme tem como cenário principal o Engenho de João Luiz Ferreira, construído em 1813 e localizado na zona rural de Nazarezinho. Até 2011, o engenho funcionava com uma caldeira de trem para movimentar suas engrenagens — um símbolo da resistência e da engenhosidade do homem do campo.

“Essa obra, que comecei a gravar em 2011, tem como objetivo preservar e valorizar uma tradição importante da cultura rural brasileira. Estou bastante feliz por ver mais um trabalho concluído”, declarou Ramon.

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